Hoje é aniversário da Lôra. Ela foi comprar umas coisas pra obra interminável que acontece aqui nesta casa. Agora está arrumando a calçada e fazendo floreiras de tijolo. Vai ficar bom, só não entendo porque tanto empenho.
Eu não vejo a hora de sair dessa cidade quente. E estamos no inverno!! Imaginem o que será de mim no verão. Já emagreci uns 200 gramas. Saco.
Mas, então. Lôra e a mestiça, que é super metida e entra no jipe assim que alguém abre a porta, foram às compras.
Lôra se presenteou com um serrote. Isso mesmo. Um SER-RO-TE. De 22”, que ela não é mulher de mixaria.
Comprou umas tábuas, também, porque disse que vai fazer um banco e os portões laterais, já que chamou três cabras e eles não apareceram.
Atualmente, a fofa escreve, é assessora de imprensa, tem furadeira profissional, costura, prega botão, assa peixe, assenta tijolo e dá uma de carpinteira. Burra, lógico, porque numa cidade machista como esta, um currículo destes só depõe contra.
Assim que vi o serrote pensei em algo muito mais interessante. Já que a ferramenta de trabalho da ONG é o circo, podemos treinar aquele número de serrar as pessoas ao meio.
Mas, no número siberiano, alguns ficam separados mesmo, forever. Afinal, não servem pra nada, mesmo.
Deixe um comentário