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Archive for abril \02\+00:00 2008

Lôra reclama da falta de ação em LOSTM. Não entendeu ainda que seu grande lance aqui é colecionar histórias e personagens.

 

Passeio na orla, começo da noite, parada obrigatória na ripaiada. Capoeira já é quase um velho conhecido. Conversaram umas quatro vezes. Capoeira tem várias marcas, parecem facadas. Usa um colar com dentes gigantes de onça, cabelo dread. Maluco beleza no melhor estilo. Domingo, deu a ela uns dentes de bicho, peles e pêlos de presente, porque vai cair no mundo e demora uns meses pra voltar.  Seguirá a pé pela Transamazônica.

 

Metros à frente, pára pra explicar qual é a minha raça – não é óbvio? – e até deito, que a conversa vai longe.  Quando o assunto é o rei dos reis (eu, um husky, que husky não é cachorro), Lôra tem todo o tempo do mundo. Quase uma hora depois eu me encho, a gente ali, na calçada, minha dona só no charminho – ‘topo a cerveja, mas hoje não posso’. Forço a barra e a gente se manda.

 

Hora do Oscar dos Oscars. Atravessamos a praça. Um sujeito treina tai-chi – ao menos, foi o que Lôra achou. Ele pára, olha pra nós, joga a longa cabeleira pro lado e dispara.

 

– Tenho uma pastora alemã que adora nadar.

– Legal, responde Lôra.

Vou logo puxando a guia, que lá vem…

– Converso com os animais. Eles respondem. Chego a Terra e estão todos esperando pra me recepcionar.

– Qualquer animal?

Não tô acreditando. Ela vai dar corda. Pára-raios de doido ataca novamente.

– Só os que batem continência.

– Répteis estão fora, então.

– Sim. Eu sou um extraterrestre. Mas agora treino futebol, para eventuais campeonatos.

Dou uns passos. Deve ter câmera em algum lugar. É pegadinha…

– Tenho de estar pronto, em caso de guerra.

– De torcidas?

– Sim e não. Minha patente no exército é superior a de coronel. Sigilosa, porém.

– Ah, ta, então vou nessa, sou curiosa, vou querer saber qual é…

Distanciamos alguns metros. O sujeito não desiste.

– Pra namorarmos tenho de cortar o cabelo?

(Ela não vai responder, não vai, não vaiiiii)

– Pelo menos moicano.

– Ei, ei, péra ai! Onde vamos nos ver de novo? — Grita o extra dos extras.

– Na nave!

– Da igreja? Quando, quando???

 

 

 

 

 

 

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